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LUANDA ACOLHE 2ª EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA KWELI

Por: JÚLIA MBUMBA

Foto: Arquivo iXietu

A sala de conferências Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, do Edifício Kilamba, sito na Marginal de Luanda, uma das mais fortes passarelas turísticas da capital angolana, será palco do Kweli, uma conferência afrocentrada organizada por profissionais africanos de diversas áreas para os demais povos do continente Berço, nomeadamente oriundos dos países de Língua Oficial Portuguesa.

O evento a ser realizado no dia 28 de outubro do ano em curso, das 09 às 19h00, vem reunir comunidades PALOP em Luanda numa partilha de verdades que dominam, baseadas nas experiências profissionais dos prelectores.

Expositores e Oficinas de partilhas farão parte do encontro, assim como diversas marcas, bem como profissionais independentes e empreendedores que poderão expor seus produtos e serviços no hall que estará disponível como parte da conferência.

“Somos todos afrikanos, dos PALOP. Em 2022, tivemos: Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau, todos alinhados no propósito de desconstruir narrativas que nos subjugam enquanto povos.”, afirmou Mirian Nzinga Faria, co-fundadora do Kweli que estará igualmente como prelectora ao lado de outros oito convidados.

Durante todo o certame, nove prelectores dominarão com abordagens “provocantemente” introspectivas.

Temas pouco discutidos nas sociedades africanas de língua oficial portuguesa, tais como: Economia de Grupo e Prosperidade Geracional – Como criar e desenvolver, questões ligadas a alimentação e genética, sistemas de iniciação ancestral, arte e espiritualidade, que falam de como  os africanos originais ( não colonizados) entendiam e lidavam com a arte e como se traz esta informação no ADN; Auto- estima, abordagens distintas sobre a forma como o africano se vê, contrariamente ao que foi imposto pelo ocidente e suas narrativas; Pluralismo Legal e Jurídico, que aborda os meios dominantes das culturas em uma comunidade e as tradições dos vários povos e nações que as congregam, gerando a possibilidade de criação de Leis que emanem dos  usos e costumes destes povos; Psicologia Afrikana, o modo como cada povo desenvolve a sua psicologia em função da sua cosmovisão e Filosofias de vida; e outros serão alvo de discussão.

 

Esta será a segunda edição da conferência. A primeira foi realizada em Lisboa – Portugal, lugar escolhido na altura por ter uma grande concentração de PALOPs africanos.

A pretensão da organização é que continue a ter periodicidade anual, sendo que por ano seja realizada num país estrangeiro e outro num país Africano para carregar a baterias à partir do continente mãe, na perspectiva de que “tudo o que a ancestralidade precisa para ser honrada nas suas Vestes, alimentos, Instrumentos Musicais, Decorações e afins, de nós para nós”, conforme terminou o discurso de Nzinga.

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