Os familiares do músico e compositor angolano Jacinto Tchipa, falecido na passada quarta-feira, em Luanda, vítima de doença, pedem que se translade os restos mortais para a província do Huambo, sua terra natal.
Por: REDACÇÃO
Nesta quinta-feira, o irmão mais velho do malogrado, Ruben Abel, solicitou que se translade os restos mortais de Jacinto Tchipa para o município da Caála, sua terra natal, a fim de se cumprir o desejo do falecido de ser sepultado ao lado dos progenitores.
Residente no município da Caála, província do Huambo, Ruben Abel afirmou que a morte de Jacinto Tchipa representa uma perda irreparável para a família, a cultura nacional e para as Forças Armadas Angolanas, a julgar pelos feitos protagonizados.
Inconsolável, referiu que o facto de o músico ter um bairro com o seu nome na capital do país (Luanda) é prova inequívoca do reconhecimento do trabalho por si desenvolvido, tanto do ponto de vista da música como nas Forças Armadas Angolanas, onde chegou a oficial superior.
Jacinto Tchipa nasceu em 1958, no município da Caála, Huambo, tendo se notabilizado na música durante a década de 80, quando foi vencedor, por duas vezes consecutivas (1986/1987), do concurso musical Top dos Mais Queridos, organizado pela Radio Nacional de Angola.
O artista lançou três discos em vinil na década de 1980, intitulados “A Cartinha de Saudade”, “Sissi Ola” e “Reconstrução Nacional”. Nos anos 2000 lançou outros dois álbuns, nomeadamente os CD “Os Meus Sucessos” e “África”.
Tchipa foi deputado à Assembleia Nacional, coronel das Forças Armadas Angolanas e membro da UNAC, União Nacional dos Artistas e Compositores.