Por: REDACÇÃO
O Prémio Nobel da Paz deste ano foi atribuído aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, em reconhecimento dos seus esforços para a defesa da liberdade de expressão.
Nesta sexta-feira, durante a cerimónia de anúncio dos laureados, a presidente do Conselho do Nobel, Berit Reiss-Anderson, afirmou que os dois jornalistas, sendo a primeira filipina e o segundo russo, foram distinguidos pela sua corajosa luta pela liberdade de expressão, e ao mesmo tempo são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas.
Maria Ressa de 58 anos, usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo nas Filipinas, onde dirige o Rappler, um órgão de comunicação social digital que cofundou em 2012, dedicado ao jornalismo de investigação. E Dmitry Muratov, de 59 anos, é um dos fundadores do jornal independente Novaja Gazeta, criado em 1993, onde é chefe de redacção há 24 anos.
O Comité Nobel destacou o papel de Ressa e do Rappler na denúncia da controversa e assassina campanha antidroga do regime do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, sendo que, para o segundo laureado, o Comité Nobel, considerou tratar-se do jornal mais independente da Rússia, com uma atitude fundamentalmente crítica ao poder.
