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Um Homem com “pena” de ouro


Foi poeta. Um dos maiores que Angola conheceu.
A sua poesia era contestadora. Centrou-se essencialmente em temas nacionalistas e de denúncia da exploração e repressão do regime colonial, apesar de, notabilizar-se mais pela lírica.
Testemunhos comprovam o seu admirável trato com humanos e a paixão pelo que fazia, descrevendo-o como “mágico”.

Por: MONA KISOLA DIA NZAMBI
Fonte: União dos Escritores Angolanos
Imagem: Google

Não é difícil comprovar a veracidade dos testemunhos dados, a olhar para os poemas de gente, que escreveu Aires de Almeida Santos.
A proeminente figura da poesia angolana, nasceu em 1922, no Chinguar, município do interior da província do Bié, mas foi entre Benguela e Huambo que viveu a sua meninice e mocidade, respectivamente. Voltou à Benguela mais tarde, onde trabalhou.

Como muitas figuras da época, que tiveram a “sorte” de se fazer homens de entre grades axadrezadas, foi preso pela Polícia Política do Regime Colonial Português, a PIDE/DGS, em 1941, por o considerarem homem de ideias subversivas. Anos mais tarde, foi um dos que compôs o Processo dos 50, e o destino, levou-lhe novamente para detrás das grades.
Algum tempo antes da independência de Angola foi solto e veio para Luanda residir.

Aires Santos foi colaborador em diversos jornais e revistas da época. Foi Prémio Nacional de Literatura em 1989. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos.

Figura em diversas antologias, nomeadamente, Antologia de Poesia Angolana, Amostra de Poesia, Poetas Angolanos, Antologia Poética Angolana, Literatura Angolana de Expressão Portuguesa, Poesia africana in rivolta, entre outras. Publicou a obra Meu Amor da Rua Onze, em 1989.
Título do seu mais conhecido poema, um clássico, hoje cantado e recantado por músicos de várias gerações.

Veio a falecer vítima de um tumor em Setembro de 1992, na cidade de Benguela.

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